Improviso ~ Improvisation

Improviso ~ Improvisation

Whenever I think about the lockdowns caused by the events of 2020 and 2021, I try to downplay the impact they had on my personal and artistic development. Yet, the truth is that even today, I still feel myself shaking off the dust that this period brought me. Not only to me, of course; I indeed share this sandstorm with many other colleagues. Some react somewhat better, others less so, but we all do what we can and know how to minimize the consequences of such events to overcome them.
Desert crossings often have oases, and I have had my own, which I cherish deeply. These oases have led me to a place/anchorage of safety and security, and I am grateful for them. I sense it.
One of these oases, and consequent journey, was provided by the work of the film director (and much more than that) Tiago Pereira and his project A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria. On the way to producing his beautiful film “A inevitabilidade dos dias”, which will premiere later this year, Tiago made the following unique moment happen. For me, a moment of singular beauty, I have in mind the sense of complete delight, full of joy, of each bow that was carving the metal of the waterphone. The intimate and captivating sound of this genuine improvisation, born after a long mountain walk, makes me reach exceptional happiness levels. So sharing with Paulo Vaz de Carvalho couldn’t be more fitting – the Master, to whom I thank for the journey provided.

From and to “A inevitabilidade dos dias”, Improviso – by Paulo Vaz de Carvalho and Nuno Costa.

 A Música Portuguesa A Gostar Dela PrópriaVimeoFBInstagram

Sempre que penso nos confinamentos provocados pelos eventos de 2020 e 2021, tento desvalorizar o impacto que esses acontecimentos tiveram no meu desenvolvimento pessoal e artístico. A verdade é que ainda hoje me sinto a sacudir as poeiras que esse período me trouxe. Não só a mim, com certeza; certamente que partilho esta tempestade de areias com muitos outros colegas. Uns melhor, outros nem tanto, mas todos fazemos o que podemos e sabemos para minimizar as consequências de tais acontecimentos, transpô-los finalmente.
Não há travessias do deserto que não tenham oásis e eu fui tendo os meus, bem profundos e muito saboreados, assim que foi sendo possível acostar-me a eles. Desses oásis nasceram verdadeiros trajectos que me têm levado ao ancoradouro seguro. Sinto-o.
Um desses oásis, e consequente trajecto, foi proporcionado pelo trabalho do realizador (e muito mais do que isso) Tiago Pereira e a sua A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria. No caminho da construção do seu belíssimo filme “A inevitabilidade dos dias”, que estreará ainda neste ano, o Tiago fez acontecer o singelo momento que se segue. Para mim, momento de beleza singular, tenho presente o sentido de completa degustação, pleno de alegria, de cada arcada que ia talhando o metal do waterphone. O som intimista e cativante desta improvisação bem real, nascida depois de muita montanha percorrida, faz-me atingir níveis de felicidade únicos. A partilha com o Paulo Vaz de Carvalho não podia ser mais acertada – o Mestre, a quem agradeço o trajecto proporcionado.

Directamente da e para “A inevitabilidade dos dias”, Improviso – por Paulo Vaz de Carvalho e Nuno Costa (eu, portanto!)

Paulo Vaz de Carvalho e Nuno Costa – “Improviso”
PROJECTO 3598
Gravado em Agunchos, Ribeira de Pena, a 29 de Setembro de 2022
Realização: Abel Andrade & Tiago Pereira
Som: Cristina Enes Garcia
Produção e Apoio: Câmara Municipal de Ribeira de Pena

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